segunda-feira, 25 de abril de 2011

VIVA O 25 DE ABRIL


O 25 de Abril de 1974 continua a ser uma referência histórica incontornável para as gerações de portugueses nascidos no Século XX. Esperamos que o seja também para os nascidos no Século XXI.
Com o 25 de Abril veio a democracia e a liberdade, veio o desenvolvimento e a universalidade do sistema de saude e do sistema educativo, veio a melhoria do sistema de protecção e segurança social. Veio o reforço do poder autárquico. Vieram tantas e tão boas coisas.
Infelizmente não soubemos criar as condições necessárias para garantir um desenvolvimento económico sustentável fundado numa reestruturação do tecido económico capaz de responder ás nossas necessidades e embarcámos em aventuras especulativas e consumistas desmedidas e injustificadas e injustificáveis quer do ponto de vista económico e financeiro quer do ponto de vista social.
Mas sobretudo esquecemos os valores e a etica. O individualismo, a ausência de respeito e consideração pelo próximo, a falta de solidariedade e o desprezo pelas práticas de colaboração de proximidade (i.a. em relação ao familiar e ao vizinho), a falta de estima pelos bens colectivos, o apoucamento e o desprezo por aqueles que pensam ou actuam em conformidade com principios e valores respeitadores do bem comum, são, desgraçadamente, dominantes neste inicio do Seculo XXI.
A Urbanização Cidade Desportiva não é uma ilha isolada.
Como já várias vezes tivemos oportunidade de salientar a Associação de Moradores tem feito um grande esforço no sentido de garantir o envolvimento e a responsabilização dos proprietários e moradores na qualificação e valorização dos espaços comuns mas continuamos a assistir ao alheamento de uma grande parte da população da Urbanização.
Mas sobretudo temos a registar várias práticas de desrespeito pelos bens colectivos, embora sendo de sublinhar a tendência para a diminuição das mesmas.
Tal desrespeito tem tido como alvo não só as infra-estruturas e equipamentos disponibilizados pelo poder autárquico mas também os bens e as obras realizadas pela Associação de Moradores.
São exemplo dessas práticas desrespeitosas, e muitas vezes demonstrativas de uma integração social insuficiente e/ou defeituosa, as seguintes actuações:
  • destruição e roubo de equipamentos de rega instalados pela Associação;
  • vandalização das zonas ajardinadas com arranque de flores, árvores e arbustos;
  • destruição da estufa onde a Associação garantia a reprodução de material vegetativo;
  • danificação e roubo de recipientes para lixo instalados pelos serviços municipais;
  • utilização inadequada dos ecopontos e deposito do lixo fora dos contentores;
  • estacionamento de viaturas em locais proibidos danificando muitas vezes os passeios e dificultando a circulação automóvel.

Para "comemorar" o 25 de Abril de 2011 alguém veio á Urbanização recordar-nos estas práticas anti-sociais: alguns arbustos e arvores adquiridos e plantados pela Associação foram arrancados e destruidos. Alguns dias antes também houve quem estacionasse as viaturas em cima de flores recem plantadas pela Associação.

Apesar destes contratempos a Associação acredita que estas acções são de natureza pontual e não devem nem podem pôr em causa os objectivos e as acções em curso em matéria de qualificação das zonas de enquadramento e protecção da Urbanização.

Assim os proprietários, os moradores e os utentes da Urbanização Cidade Desportiva compreendam que a qualidade da Urbanização não depende apenas do poder autárquico mas também, e nalguns aspectos sobretudo, da participação de todos na salvaguarda e no desenvolvimento das condições existentes na mesma.

VIVA O 25 DE ABRIL.