terça-feira, 23 de dezembro de 2008

BOAS FESTAS E FELIZ ANO NOVO



Em Portugal o uso da Árvore de Natal é relativamente recente. Até há poucos anos, como na generalidade dos países predominantemente católicos, o presépio era a única decoração de Natal.


Todos os que nasceram na primeira metade, e inicio da segunda metade, do Século XX se lembrarão do presépio montado sobre musgo e composto com todas as "figuras" tradicionais (José e Maria, o Menino, os Reis Magos, a vaca e o burro, os pastores e as ovelhas e sobretudo a cabana com a estrela e a manjedoura).

Até à decada de 50 do século passado a Árvore de Natal era ignorada, quando não desprezada, apesar de ser conhecida e utilizada na Europa anglo-saxonica praticamente desde o século XVII.

Vem isto a proposito de há cerca de um ano termos deparado, numa das agora habituais pesquisas na Internet, com um poema de autor desconhecido que nos tocou de forma particular e que nos tempos actuais de globalização, de ódio e intolerância, de ignorância e arrogância, e sobretudo, de desconsideração e desrespeito pelas pessoas e instituições, consideramos adequado e oportuno lembrar.


O poema em causa chama-se Árvore de Natal e reza assim:

Quisera Senhor, neste Natal, armar uma árvore dentro do meu coração e nela colocar, em lygar de presentes e adornos, os nomes de todos os meus amigos.
Os amigos de longe e de perto. Os antigos e os mais recentes.
Os que vejo a cada dia e os que raramente encontro.
Os sempre lembrados e os que às vezes ficam esquecidos.
Os constantes e os intermitentes. Os das horas dificeis e os das horas alegres.
Os que sem querer eu magoei e os que sem querer me magoaram.
Aqueles que conheço profundamente e aqueles que conheço superficialmente.


Os que pouco me devem e aqueles a quem muito devo.
Meus amigos humildes e meus amigos importantes.
Enfim, os nomes de todos os que já passaram pela minha vida.


Uma árvore de raizes profundas e fortes, para que seus nomes nunca sejam arrancados do emu coração.
De ramos extensos, para que novos nomes, vindos de todas as partes, venham juntar-se aos existentes.


De sombra agradável, para que a nossa amizade seja um momento de repouso na luta diária da vida.


É de acordo com este espirito de fraternidade, e de consideração e respeito pelas pessoas e pelas instituições, que desejamos a todos, indiferenciadamente,


UM NATAL FELIZ, BOAS FESTAS E UM ÓPTIMO ANO DE 2009.

A Direcção da Associação.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

FEIRA DE MONTE ABRAÃO - UM CASO DE POLICIA?


"A policia municipal exerce, ainda, funções nos seguintes domínios:...c) regulação e fiscalização do transito rodoviário e pedonal na área de jurisdição municipal."
...
"À policia municipal, no exercicio das suas funções, compete, em especial:...c) Fiscalizar o cumprimento das normas de estacionamento de veiculos e de circulação rodoviária, incluindo participar acidentes de viação e prodecer à regulação do trânsito rodoviário e pedonal na área de jurisdição municipal"


"É criado o Serviço de Policia Municipal de Sintra... na dependência hierárquica directa do Presidente da Câmara"

in Regulamento do Serviço de Policia Municipal do Municipio de Sintra (DR, II Serie, n.º 113, de 16 de Maio de 2001)

No dia 4 de Agosto do corrente ano a Associação de Moradores dirigiu à Senhora Comandante da Policia Municipal de Sintra, com conhecimento ao Presidente da Camara de Sintra e à Presidente da Junta de Freguesia de Monte Abrão, um pedido de intervenção da policia municipal conforme a seguir se transcreve parcialmente:



"Como certamente é do conhecimento de V.Exª todos os sábados, e nalguns feriados, realiza-se, junto da Urbanização Cidade Desportiva, mais precisamente no parque de estacionamento do interface de Monte Abraão, um mercado de venda ambulatória.
Este mercado, com alguns períodos de interrupção, é realizado há mais de 15 anos junto da Urbanização Cidade Desportiva. Num primeiro momento junto do antigo campo de futebol do Massamá; em seguida na rua de acesso à Urbanização e nos últimos anos no parque de estacionamento atrás referido.


Foi com agrado que a população da Urbanização Cidade Desportiva assistiu à utilização do parque de estacionamento como local de realização do mercado. Em primeiro lugar porque se tratava de um local protegido e delimitado; em segundo lugar, porque possibilitava que os feirantes e utentes utilizassem o parque para estacionar as suas viaturas comerciais e particulares; em terceiro lugar, permitia uma regulação e fiscalização adequadas do trânsito associado à realização do mercado não obstruindo ou dificultando a circulação e o acesso dos moradores da urbanização à mesma.

O agrado foi temporário pois rapidamente se constatou que a vontade de utilizar o mercado como meio de financiamento das actividades autárquicas se sobrepunha à salvaguarda da existência de adequadas condições de instalação e funcionamento do mesmo.
Assim:
1.º o n.º de licenças concedidas a feirantes determinou que de uma ocupação de cerca de 30% do parque de estacionamento se tenha passado para quase 100%;
2.º as viaturas dos feirantes deixaram de ter espaço para estacionarem no parque ocupando todo o espaço periférico ao parque (ruas, estradas, passeios, rotundas,...);
3.º as viaturas dos utentes deixaram igualmente de ter possibilidade de estacionamento no parque (situação que no inicio era parcialmente possível embora com sujeição a pagamento de taxa) e logo a utilizar todos os espaços disponíveis nas imediações do mercado;
4.º a impossibilidade de utilização do parque de estacionamento, associado ao desejo sempre presente de os feirantes, de forma justificável, e os utentes estacionarem as suas viaturas junto do mercado e não existirem, ainda, alternativas de estacionamento apropriadas, leva os feirantes e os utentes do mercado a estacionarem as suas viaturas em locais não permitidos por lei, designadamente (ver imagens anexas):
a) Em cima dos passeios (situação observada em toda a Rua Cidade Desportiva e na ligação entre a zona industrial de Massamá e o interface de Monte Abraão) impossibilitando que os peões, e principalmente os portadores de carrinhos de bebés e os deficientes utilizadores de cadeiras de rodas, circulem nos mesmos e provocando a sua destruição;
b) Nas rotundas (situação observada na rotunda junto da BP e nalguns momentos também na rotunda junto do Real), dificultando a circulação e a visibilidade dos condutores;
c) Em cima dos espaços verdes (situação observada junto da Urbanização Cidade Desportiva e nas zonas arrelvadas junto do Real), destruindo os mesmos.
5.º o grande número de veículos que demandam a zona do mercado – zona com imensos problemas de escoamento de trânsito – exigem que durante o tempo de realização do mesmo seja garantido o exercício de um poder de regulação e de fiscalização, exercício que nunca foi exercido apesar de ser inquestionável a sua necessidade e os recursos financeiros garantidos pela realização do mercado o permitirem pagar, se necessário.

Senhora Comandante,

Esta problemática já foi apresentada à consideração quer do Senhor Presidente da Câmara Municipal de Sintra quer da Senhora Presidente da Junta de Freguesia de Monte Abraão sem qualquer resultado prático ou informativo/esclarecedor.
Trata-se naturalmente de uma questão que urge resolver e que esta Associação tenciona levar até onde for preciso para que não só sejam acautelados os direitos dos moradores da urbanização mas também a preservação dos espaços e infra-estruturas públicos e o cumprimento da lei.

Tanto quanto julgamos saber à Policia Municipal cabe fiscalizar o cumprimento das leis e dos regulamentos que disciplinam matérias relativas às atribuições do município e, em especial, garantir a regulação e fiscalização do trânsito rodoviário e pedonal e fiscalizar o cumprimento das normas de estacionamento de veículos e de circulação rodoviária.


Neste quadro de referência e tendo em consideração as competências territoriais e funcionais da Policia Municipal vimos solicitar a intervenção da mesma, durante todo o tempo de realização da feira (mercado) de Monte Abraão, designadamente no que se refere aos seguintes aspectos:
a) regulação e fiscalização do transito rodoviário e pedonal em toda a zona circundante da feira de Monte Abraão, e em especial na Rua Cidade Desportiva, nas Rotundas do Real e da BP e na via de ligação entre a zona industrial de Massamá e o interface de Monte Abraão;
b) controlo e fiscalização do cumprimento das normas de estacionamento de veículos e de circulação rodoviária nas zonas atrás referidas"


Sobre o mesmo assunto especifico a Associação de Moradores já tinha solicitado a intervenção da Junta de Freguesia de Monte Abrão, entidade gestora da Feira, através de carta datada de 7 de Maio de 2007, igualmente enviada ao Presidente da Camara Municipal de Sintra, nos seguintes termos:


"Os problemas atrás referidos associados à realização do mercado semanal não só não foram resolvidos nem atenuados como têm tendência para se agravar.
Mais concretamente:
a) O n.º de feirantes aumentou e consequentemente o grau de ocupação do parque de estacionamento também aumentou reduzindo ainda mais o espaço passível de utilização pelos utentes do mercado;
b) O n.º de utentes do mercado não pára de crescer e a sobrecarga de veículos no espaço circundante atingiu níveis notoriamente elevados que urge resolver. Este facto determina que se estacionem viaturas:
i) Nos passeios;
ii) Nas rotundas junto à BP e ao Real;
iii) Nas zonas verdes;
iv) Em locais devidamente sinalizados como de paragem/estacionamento proibido,
deteriorando as infra-estruturas e os espaços verdes e dificultando a as condições de vida da população.
c) O comportamento dos feirantes não é o mais adequado em matéria de limpeza e de prevenção da poluição, como o comprova a quantidade de lixo, fundamentalmente plásticos, que é possível encontrar junto ao campo do Real Sport Club, nos acessos à e na Urbanização Cidade Desportiva, nos viadutos integrados no interface de Monte Abrão, na Rotunda da BP e em toda a via rodoviária de ligação da Rotunda da BP à zona industrial de Massamá;
d) Os membros da PSP presentes durante o tempo de realização do mercado semanal apenas se preocupam actualmente com a “paz e a segurança pública” tendo deixado de intervir, por razões que se desconhecem, em matéria de ordenamento e regularização do transito;
e) A empresa contratada para limpeza do mercado apenas faz incidir a sua acção no recinto da feira.

Como a Associação avançou no memorando enviado a V.Exª em 7 de Novembro de 2006 consideramos imprescindível, e possível, resolver a quase totalidade dos problemas existentes e consequentemente tornar a gestão do mercado mais eficaz, mais amiga do ambiente e com vantagens significativamente positivas para os feirantes, para os utentes e para os moradores da Urbanização Cidade Desportiva.

Assim, propomos que seja equacionada a aplicação das seguintes medidas:
1.º Aumento das áreas para estacionamento e aproveitamento total das áreas de estacionamento existentes, através
i) Da criação de novas zonas e lugares de estacionamento na Rua Cidade Desportiva (no troço entre a Rotunda do Real e a Urbanização Cidade Desportiva, para onde existe já uma proposta de intervenção elaborada pela DIL3);
ii) Do aproveitamento dos espaços de estacionamento existentes nos parques da Urbanização Cidade Desportiva;
iii) De tornar gratuita a utilização do parque de estacionamento onde se realiza o mercado, mediante acordo a estabelecer com a empresa que explora o mesmo;
iv) Do aproveitamento dos espaços de estacionamento existentes no Complexo Desportivo do Real Sport Club (aproveitamento que pensamos ser possível acordar com a Associação detentora do complexo);
v) Da criação de novos espaços de estacionamento nas zonas não utilizadas existentes na periferia da área onde se realiza o mercado.;
vi) De colocação de sinalização apropriada para dirigir os utentes do mercado para as zonas de estacionamento autorizadas;

2.º Intervenção da Policia Municipal de Sintra, durante o período de realização do mercado semanal, no quadro das respectivas competências em matéria de
i) Regulação e ordenamento do trânsito rodoviário;
ii) Fiscalização do cumprimento das normas de estacionamento e de circulação rodoviária;
iii) Policia ambiental.

3.º Alteração do contrato celebrado com a empresa responsável pela limpeza do recinto do mercado por forma a cobrir toda a área circundante;

4.º Informação e sensibilização dos feirantes para os problemas ambientais (i.a. plásticos) e para os comportamentos a adoptar por forma a prevenir a poluição do recinto e da área periférica.

Por último, Senhora Presidente, não podemos deixar de sublinhar
a) que estamos convencidos que a simples presença da Policia de Segurança Pública e da Policia Municipal irá permitir, para além do acima referido, não só garantir uma maior segurança dos cidadãos mas também evitar comportamentos menos próprios de alguns utentes da feira que utilizam a área junto ao mercado como instalações sanitárias (utilização potenciada pela existência de espaços de comes e bebes dentro e fora do recinto do mercado);
b) que o cumprimento dos objectivos de resolução e minimização dos problemas associados à realização do mercado semanal justificam a aplicação das medidas propostas mesmo que estas impliquem a realização de maiores despesas (despesas que pensamos ser perfeitamente comportáveis pelo volume das receitas obtidas com a realização do mercado)"




A situação em apreço é do conhecimento público, tem vindo a agravar-se e até esta data nenhuma resposta foi dada às propostas de solução apresentadas e aos pedidos de intervenção formulados pela Associação de Moradores quer à Camara Municipal de Sintra, quer ao Serviço de Policia Municipal de Sintra quer ainda à Junta de Freguesia de Monte Abraão.


Em sintese: a realização da Feira de Monte Abraão realiza-se em condições de total insegurança para os peões (a circulação pedonal processa-se quase totalmente fora dos passeios por estes estarem ocupados por viaturas), provoca fortes constrangimentos na circulação de viaturas (a forma de estacionamento praticada dificulta quando não impede a circulação normal das viaturas) e deixa sempre um rasto que podemos caracterizar da seguinte maneira:

a) passeios destroçados;

b) espaços verdes e ajardinados danificados;

c) bocas e estruturas de rega devastadas;

d) árvores e plantas destruidas.



De sublinhar, a propósito, três aspectos:


1.º a Associação de Moradores plantou 6 vezes e 6 vezes foram destruidos vários exemplares de plantas em espaços ajardinados da Rua Cidade Desportiva;

2.º os passeios entre a Rotunda do Real e a Cidade Desportiva estão fortemente danificados há vários anos e nunca foi visivel qualquer intenção de os reparar (provavelmente perante a certeza da sua destruição no sábado seguinte à sua reposição);

3.º o único espaço preservado é a rotunda junto ao Real pois quando começaram a estacionar viaturas na placa central rapidamente foram lá colocadas esferas de protecção e sempre que alguma viatura toca numa esfera ou deteriora a calçada aí existente basta esperar 2 ou 3 dias para se proceder á necessária reparação.

As poucas fotografias que juntamos ilustram, por defeito, a situação de violação da lei, de destruição de infra-estruturas públicas e de impedimento da circulação pedonal e rodoviária.

Na certeza de que cabe à Camara Municipal de Sintra e à Junta de Freguesia de Monte Abrão intervir no sentido de evitar o atropelo da legislação em vigor e salvaguardar e manter em boas condições de funcionalidade as infra-estruturas e o património público e certos de que oportunamente apresentámos sugestões que continuamos a considerar adequadas, perguntamos:


ATÉ QUANDO TEMOS DE ESPERAR A INTERVENÇÃO DAS AUTORIDADES LOCAIS?

domingo, 10 de agosto de 2008

PROMESSAS POR CUMPRIR HÁ 20 ANOS...

É verdade.
Os primeiros residentes da Urbanização Cidade Desportiva chegaram há quase 20 anos.
Também é verdade que a situação em que a Urbanização se encontrava - sem arruamentos ou passeios, sem acessos, sem iluminação, sem recolha de lixo, etc... - obrigou a uma movimentação intensa dos moradores que conduziu à criação da primeira Comissão de Moradores e a um dialogo organizado quer com o urbanizador quer com a Camara Municipal de Sintra quer com a Junta de Freguesia de Queluz (área onde se integrava então a Urbanização).
Datam praticamente dessa altura as primeiras promessas em matéria de infra-estruturas colectivas: um parque infantil, um campo de jogos, zonas verdes,....
As condições foram melhorando e a integração da Urbanização, em 1997, na área da então criada Junta de Freguesia de Monte Abraão trouxe novas esperanças aos moradores.
Infelizmente continuamos, apesar de renovadas e reforçadas promessas, a aguardar que a Urbanização disponha daquilo que praticamente todos já têm no concelho em geral e na freguesia de Monte Abraão em particular:infra-estruturas adequadas para lazer, recreio e desporto.
Foi neste contexto que a problemática das infra-estruturas colectivas voltou a ser incluida nas prioridades da Associação para 2008 e que determinou a necessidade de endereçar ás entidades competentes as cartas que a seguir se transcrevem nas partes fundamentais.

CAMPO DE JOGOS POLIVALENTE (carta enviada ao Senhor Vereador Rui Pereira, em 30 de Julho de 2008):
Senhor Vereador,
Como certamente é do conhecimento de V.Exª a Urbanização Cidade Desportiva é uma urbanização localizada na freguesia de Monte Abraão com quase 20 anos de existência e onde reside uma população estimada em cerca de 1200 pessoas.
Trata-se de uma Urbanização que surgiu e se desenvolveu com notórias e inexplicáveis problemas e insuficiências: numa primeira fase, por falta de adequada e atempada responsabilização do urbanizador e inacção da Câmara Municipal; numa segunda fase, por motivo da transferência da mesma da área de competência da freguesia de Queluz para a freguesia de Monte Abraão; numa terceira fase, pela falta de atenção e empenho do poder autárquico relativamente à resolução das múltiplas carências sentidas pelos residentes na Urbanização.
Entre as carências mais notórias incluem-se a inexistência de um campo de jogos polivalente e de um parque infantil.
Ambas as infra-estruturas têm sido regularmente prometidas pelo poder autárquico: primeiro, pelo Junta de Freguesia de Queluz, segundo pela Junta de Freguesia de Monte Abraão e, sempre, e desde o inicio, pela Câmara Municipal de Sintra.
Em sucessivas ocasiões, durante estes quase 20 (vinte...) anos, os moradores da urbanização apresentaram de forma fundamentada a necessidade de tais infra-estruturas, primeiro através de Comissões de Moradores e nos últimos dois anos através da Associação de Moradores entretanto criada.
Quer relativamente ao jardim infantil quer no que se refere ao campo de jogos a Associação de Moradores apresentou já ao poder autárquico soluções de localização, designadamente ao Senhor Vereador Luís Duque com quem tivemos oportunidade de dialogar em várias ocasiões desde Setembro de 2005.
Em 12 de Outubro de 2007, através da n/ carta n.º 16/2007, esta matéria foi levada, de novo à consideração do Senhor Vereador Luís Duque, com conhecimento a V.Exª e à Senhora Presidente da Junta de Freguesia de Monte Abraão.
Infelizmente, e inexplicavelmente, continuamos sem qualquer resposta.
Voltamos a sublinhar vários aspectos que ao longo destes 20 anos foram apresentados de forma desenvolvida e sistemática aos vários poderes autárquicos:
1.º a Urbanização Cidade Desportiva não dispõe de qualquer infra-estrutura colectiva para desporto, recreio e/ou lazer da sua população residente;
2.º o campo de jogos polivalente e o parque infantil são duas infra-estruturas essenciais para uma população residente em rápido crescimento e rejuvenescimento;
3.º os únicos espaços verdes existentes e construídos pelo poder autárquico são as rotundas e as placas centrais que ordenam e regularizam o transito no interior da Urbanização (rotundas e placas onde naturalmente não existem bancos e que constituem os únicos sítios onde actualmente os jovens praticam o jogo da bola...);
4.º o único espaço verde para lazer da população da urbanização foi construído pela Associação, durante o ano de 2007, com o apoio (limpeza e desmatação da zona, fornecimento de areão e 4 bancos) da Divisão de Intervenção Local 3, da Câmara Municipal de Sintra.
Senhor Vereador,
Temos ouvido nos últimos tempos muitas manifestações de revolta da população pelo facto de não verem satisfeitas muitas das suas necessidades em matéria de infra-estruturas colectivas. Muitas destas manifestações de indignação são acompanhadas e reforçadas por claras e sentidas incompreensões publicamente expressas por executivos das juntas de freguesias descontentes com a actuação das câmaras municipais.
No caso da Urbanização Cidade Desportiva, cuja situação nem a Câmara Municipal de Sintra, nem a Junta de Freguesia de Monte Abraão, nem os partidos representados nos vários órgãos autárquicos podem afirmar desconhecer, ninguém parece preocupado ou interessado.
Senhor Vereador,
Vimos uma vez mais solicitar a atenção da Câmara Municipal de Sintra para esta problemática na esperança de que 20 anos, todos sob a alçada dos executivos camarários de Sintra e mais de metade do executivo da freguesia de Monte Abraão, sejam um período mais que suficiente para resolver um problema desta natureza (problema que tem sido resolvido em praticamente todas as áreas residenciais que conhecemos no concelho de Sintra e em especial nas freguesias de Massamá e de Monte Abraão onde foram instalados vários campos de jogos polivalentes e jardins infantis).


PARQUE INFANTIL (carta enviada ao Senhor Vereador Luis Duque em 30 de Julho de 2008):

Senhor Vereador ,
Acabamos de endereçar ao Senhor Vereador Rui Pereira, com conhecimento a V.Exª e à Senhora Presidente da Junta de Freguesia de Monte Abraão, uma carta sobre a problemática do campo de jogos polivalente (problemática abordada nas duas reuniões realizadas entre esta Associação e V.Exª e praticamente em toda a correspondência trocada entre esta entidade e a Câmara Municipal de Sintra).
Trata-se, como V.Exª muito bem sabe, de matéria que sempre tem sido tratada não isoladamente mas em conjunto com outras insuficiências e lacunas da Urbanização Cidade Desportiva em termos de infra-estruturas colectivas, e em especial com a questão do parque infantil.
Estas duas infra-estruturas – campo de jogos polivalente e parque infantil – sempre foram equacionadas em conjunto e simultaneamente não só porque se articulam e complementam nos seus objectivos mas também porque sempre foram consideradas como partes de um todo indissociável nas sucessivas e repetidas promessas dos executivos camarário e das freguesias de Queluz, até 1997, e de Monte Abraão, desde a criação desta.
Senhor Vereador,
Passados que são cerca de 20 anos desde a primeira vez que nos foram prometidas tais infra-estruturas julgamos chegado o momento de garantir a respectiva concretização.
Este entendimento fundamenta-se, no que ao parque infantil diz respeito, nos seguintes argumentos:
1. o tempo que decorreu – 20 anos é tempo demais para construir um simples parque infantil;
2. os precedentes – existem parques infantis em todas as freguesias do concelho e em praticamente todas as zonas residenciais e poucas são as zonas isoladas e periféricas, como é o caso da Urbanização Cidade Desportiva, onde não existe um parque infantil;
3. a situação demográfica da Urbanização – a Urbanização Cidade Desportiva sempre se caracterizou pela juventude dos seus habitantes e nos últimos anos constata-se não só o reforço desta característica como um aumento notório da população com idade escolar em geral e de crianças em particular (evolução a que não é alheio o peso crescente da população emigrante);
4. a necessidade inadiável de garantir a existência de infra-estruturas que não só garantam a melhoria da qualidade de vida da população mas também promovam e facilitem a integração dos novos residentes;
5. a disponibilidade de terreno que nos parece adequado para o efeito – terreno que fica junto da zona de lazer construída pela Associação com o apoio da Divisão de Intervenção Local 3 da Câmara Municipal de Sintra e que tem sido preservado e preparado numa óptica de articulação entre as componentes recreio (parque infantil) e lazer (espaço ajardinado);
6. o nível de exigência – o terreno onde propomos que seja construído o parque infantil é relativamente pequeno mas pensamos que tem a dimensão suficiente para garantir a instalação de um pequeno número de aparelhos (o necessário para uma utilização simultânea por 5-8 crianças).
Senhor Vereador,
Numa altura em que todos reivindicam e exigem sem oferecer qualquer contrapartida os moradores da Urbanização Cidade Desportiva, através da sua Associação, entendem que devem exigir não só o que lhes foi prometido mas também aquilo que lhes é devido enquanto munícipes de Sintra, mas fazem notar, como aliás é do conhecimento de V.Exª, que sempre estiveram dispostos e disponíveis para colaborar com o poder autárquico em tudo o que estiver no âmbito das suas possibilidades e capacidades.
Mais uma vez manifestamos o desejo de que este assunto seja equacionado e resolvido com a máxima celeridade e pragmatismo.


Ambas as cartas foram enviadas, para conhecimento, à Senhora Presidente da Junta de Freguesia de Monte Abraão, na expectativa de a mesma não só considerar estas infra-estruturas prioritárias para a freguesia mas também no sentido de defender, como lhe compete e como tem feito relativamente a outras áreas residenciais da freguesia, junto da Camara Municipal de Sintra, os interesses e a satisfação das necessidades da população da Urbanização.

Segundo julgamos saber a Junta de Freguesia de Monte Abraão, não considerou, no âmbito das intervenções prioritárias para 2008, qualquer intervenção na Urbanização em matéria de campo de jogos, jardim infantil, espaços verdes e ajardinados para lazer e repouso dos residentes.
E tanto quanto nos foi dito, em várias ocasiões, pela Câmara Municipal de Sintra, as intervenções são acordadas entre o poder autárquico concelhio e de freguesia sendo determinante o segundo em tudo o que respeita a projectos com incidência territorial exclusiva à área da freguesia.

Registamos.

terça-feira, 29 de abril de 2008

ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA - CONVOCATÓRIA

CONVOCATÓRIA
ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA

Ao abrigo do artigo 10.º dos Estatutos, convoca-se a Assembleia Geral desta Associação a reunir em Sessão Ordinária no dia 11 de Maio de 2008, pelas 16.00 Horas, no Pavilhão da Associação de Moradores, no Parque de Estacionamento Norte da Urbanização Cidade Desportiva.

ORDEM DE TRABALHOS

1. Relatório de Actividades e Contas de 2007;
2. Orçamento e Plano de Actividades para 2008;
3. Outros assuntos

Monte Abraão, 26 de Abril de 2008
A Presidente da Mesa da Assembleia Geral,
(a)Eugénia Maria Diogo dos Reis)

Notas:
1. A Assembleia Geral reunirá à hora marcada desde que esteja presente metade do número de associados ou, em segunda convocação, meia hora depois, com qualquer número de associados.
2. Os documentos relativos à Ordem de Trabalhos serão fixados no placard do Pavilhão da Associação e disponibilizados no blog da Associação (http://cidadedesportiva.blogspot.com)